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Plano Diretor: Subsecretário Tiago Vitorino propõe medidas para o futuro de Anápolis

A revisão do Plano Diretor de Anápolis está em pauta e promete trazer mudanças importantes para o futuro da cidade. Durante reunião da Comissão Especial da Câmara Municipal, o subsecretário de Meio Ambiente, Thiago Vitorino, apresentou 15 propostas que devem orientar as diretrizes de desenvolvimento urbano e ambiental do município.

As ideias buscam equilibrar o crescimento econômico com a preservação ambiental e a qualidade de vida da população. Confira abaixo os principais pontos que podem moldar o novo Plano Diretor de Anápolis

Zoneamento ecológico-econômico (ZEE) e macrozoneamento rural

Delimitar zonas específicas para produção, conservação, recarga hídrica e risco geológico, definindo critérios de uso do solo conforme declividade, fragilidade ambiental e vocação territorial.

2. Integração com Unidades de Conservação (UC) e Áreas de Proteção Ambiental (APA)

Harmonizar o Plano Diretor com os planos de manejo, criando zonas de amortecimento e regras claras de ocupação para compatibilizar atividades sustentáveis.

3. Proteção de APPs e nascentes

Garantir faixas de preservação permanente em margens de rios, nascentes e encostas, priorizando a restauração de matas ciliares e o cercamento de nascentes.

4. Recursos hídricos e segurança hídrica

Planejar o território por bacias hidrográficas, proteger áreas de recarga de aquíferos e incentivar a conservação de água nas propriedades rurais.

5. Conservação do solo e controle de erosão

Adotar práticas como plantio em nível, terraceamento e cobertura permanente do solo, além de melhorar estradas vicinais para reduzir erosão e assoreamento.

6. Conectividade ecológica e biodiversidade

Criar corredores ecológicos, reservas legais conectadas e passagens de fauna, além de controlar espécies invasoras e proteger polinizadores.

7. Adaptação climática e gestão de riscos

Mapear zonas de inundação e escorregamento, investir em soluções baseadas na natureza — como wetlands, reflorestamento e jardins de chuva — e definir áreas seguras de realocação.

8. Manejo integrado do fogo

Implementar zoneamento de risco de incêndio, com brigadas comunitárias, aceiros ecológicos e ações de educação ambiental preventiva.

9. Produção rural sustentável e baixo carbono

Estimular agroecologia, sistemas integrados (ILPF) e agroflorestas (SAFs), valorizando práticas sustentáveis por meio de certificações e compras públicas.

10. Instrumentos econômicos e incentivos ambientais

Ampliar mecanismos como Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), Cotas de Reserva Ambiental (CRA) e ICMS Ecológico, além de incentivos fiscais ligados a metas de sustentabilidade.

11. Regularização ambiental e fundiária

Integrar o Plano Diretor ao Cadastro Ambiental Rural (CAR) e ao Programa de Regularização Ambiental (PRA), disciplinando o parcelamento rural e a expansão da área urbana.

12. Saneamento rural e proteção de mananciais

Criar diretrizes para abastecimento rural, esgotamento sanitário descentralizado e manejo correto de efluentes, prevenindo a contaminação dos solos e dos rios.

13. Infraestrutura rural de baixo impacto

Implantar estradas com drenagem sustentável, bacias de retenção, pontes ecológicas e sinalização adequada em áreas sensíveis.

14. Turismo de natureza, cultura e uso público

Incentivar o ecoturismo e o turismo rural, respeitando a capacidade de carga ambiental, promovendo roteiros interpretativos e valorizando o patrimônio cultural local.

15. Governança territorial e participação social

Fortalecer o conselho gestor do Plano Diretor, garantir participação popular e transparência dos dados ambientais, com monitoramento de indicadores de sustentabilidade.

Um plano para o futuro de Anápolis

As propostas apresentadas reforçam a importância de um Plano Diretor participativo e sustentável, capaz de guiar o crescimento de Anápolis com responsabilidade ambiental, equilíbrio social e desenvolvimento econômico.