A influenciadora Virgínia Fonseca e a marca de cosméticos WePink continuam proibidas de realizar lives de vendas. A decisão foi mantida pelo Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), que confirmou a liminar (decisão provisória) que impede as transmissões comerciais até que a empresa comprove ter regularizado todos os pedidos pendentes e melhorado o atendimento ao consumidor.
A defesa de Virgínia e dos sócios Thiago Stabile e Chaopeng Tan havia pedido a suspensão da medida, argumentando que o atendimento já havia melhorado e que as reclamações haviam diminuído. Eles também afirmaram possuir mais de 1 milhão de produtos em estoque e que o modelo de vendas segue práticas comuns do e-commerce, como pré-venda e dropshipping, em que o produto é enviado diretamente pelo fornecedor.
No entanto, o relator do caso, desembargador Fabiano Abel de Aragão Fernandes, manteve a proibição. Segundo ele, os documentos apresentados pela empresa não têm auditoria externa e não são suficientes para comprovar que os problemas foram solucionados.
O magistrado destacou ainda o alto número de reclamações registradas contra a marca: 32.446 nos últimos seis meses. Para o Tribunal, esse volume confirma as denúncias apresentadas pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), que acusa a WePink de atrasar entregas, descumprir ofertas anunciadas e não realizar reembolsos a consumidores lesados.
O processo teve início após uma ação do promotor Élvio Vicente da Silva, da 70ª Promotoria de Goiânia, que apontou que as vendas da WePink são fortemente impulsionadas pela popularidade de Virgínia Fonseca. Nas transmissões ao vivo, a influenciadora costuma oferecer grandes descontos, incentivando a compra imediata, mesmo quando os produtos não são entregues no prazo ou conforme prometido.
Com a decisão, a WePink segue proibida de realizar lives de vendas até que apresente provas de regularização e melhorias no atendimento. Caso descumpra a medida, a empresa poderá ser multada diariamente.






